A integração sensorial é “O processo neurológico que organiza as sensações corporais e ambientais e torna possível o uso efetivo do corpo no ambiente”. “A integração sensorial não é uma questão exata, de “sim” ou “não”. Nós não temos uma integração sensorial perfeita ou então completamente alterada. Nenhum de nós organiza as sensações perfeitamente. Pessoas felizes, produtivas e com boa coordenação chegam o mais perto possível da integração sensorial perfeita. Algumas pessoas possuem integração sensorial especialmente boa, enquanto outros a possuem na média, e outros, abaixo da média.
Se o cérebro não faz bem o seu trabalho de integrar as sensações, isso vai interferir em muitas coisas na vida. Haverá mais esforço e dificuldade, e menor sucesso e satisfação. Pessoas que estudam alterações da integração sensorial estimam que 5% a 15% das crianças nos Estados Unidos possuem hoje alterações suficientes na integração sensorial que faz com que tenham dificuldade de aprendizado ou problemas de comportamento. Algumas crianças que possuem alterações da integração sensorial podem parecer típicas de muitas formas e frequentemente possuem inteligência dentro ou acima da média. Outras crianças com alterações da integração sensorial podem ter outros diagnósticos médicos ou dificuldades educacionais associadas e podem apresentar dificuldades além daquelas associadas a problemas de integração sensorial.”
Avaliação
“No momento, não há como mensurar um transtorno no cérebro conforme ele ocorre. Um transtorno do processamento sensorial não é como a maioria dos problemas médicos. Desbalanços químicos, infecções virais, alterações sanguíneas e doenças em tecidos podem ser avaliadas em laboratório. Um problema de integração sensorial não pode ser isolado tão facilmente.
Nós observamos a criança, tanto em seu brincar e ações espontâneas, quanto através de sua performance em testes estruturados e padronizados, e tentamos julgar como o seu cérebro está funcionando. Somente um observador treinado consegue ver a diferença sutil entre comportamentos que são baseados em boa integração sensorial e aqueles baseados em uma integração ineficaz.
Muitas vezes, médicos que testam as crianças com procedimentos clínicos típicos não encontram nada de errado naquelas medidas e são mais propensos a tentar encorajar os pais dizendo que a criança vai “superar” ou “se desenvolver” com relação a seu problema. Quando o problema não é severo, os pais frequentemente não percebem que há algo errado até a criança ir para a escola e ter problemas em aprender a ler ou escrever.
Se os pais já têm outra criança, ou são muito intuitivos, eles podem perceber que algo não está certo com seu filho, mas eles normalmente não sabem dizer o que é. Eles podem se perguntar “Como pode haver tanta dificuldade se não há nada de errado?” ou “Por que ele chora com tanta facilidade?” ou “Por que ele é tão genioso?”. Um terapeuta treinado na teoria de integração sensorial e em sua abordagem pode ajudar a responder essas perguntas.”
A integração sensorial é “O processo neurológico que organiza as sensações corporais e ambientais e torna possível o uso efetivo do corpo no ambiente”. “A integração sensorial não é uma questão exata, de “sim” ou “não”. Nós não temos uma integração sensorial perfeita ou então completamente alterada. Nenhum de nós organiza as sensações perfeitamente. Pessoas felizes, produtivas e com boa coordenação chegam o mais perto possível da integração sensorial perfeita. Algumas pessoas possuem integração sensorial especialmente boa, enquanto outros a possuem na média, e outros, abaixo da média.
Se o cérebro não faz bem o seu trabalho de integrar as sensações, isso vai interferir em muitas coisas na vida. Haverá mais esforço e dificuldade, e menor sucesso e satisfação. Pessoas que estudam alterações da integração sensorial estimam que 5% a 15% das crianças nos Estados Unidos possuem hoje alterações suficientes na integração sensorial que faz com que tenham dificuldade de aprendizado ou problemas de comportamento. Algumas crianças que possuem alterações da integração sensorial podem parecer típicas de muitas formas e frequentemente possuem inteligência dentro ou acima da média. Outras crianças com alterações da integração sensorial podem ter outros diagnósticos médicos ou dificuldades educacionais associadas e podem apresentar dificuldades além daquelas associadas a problemas de integração sensorial.”
Sintomas precoces de alterações de integração sensorial
“Alguns bebês com alterações da integração sensorial não rolam, engatinham, sentam ou ficam em pé na mesma idade que outras crianças. Mais tarde, eles podem ter problemas para aprender a amarrar os sapatos ou andar de bicicleta sem as rodinhas de treino. Porém, alguns bebês com dificuldades de integração sensorial parecem se desenvolver igualmente dentro do esperado e apresentam dificuldades somente mais tarde. Eles podem não se mover com facilidade e graciosidade. O correr pode ser estranho. Eles podem parecer desastrados e cair ou tropeçar com frequência.
Entretanto, nem todos os desastrados possuem problemas de integração sensorial; algumas pessoas são desastradas por alterações nos nervos ou músculos. Na criança com alteração da integração sensorial, os nervos e músculos funcionam bem, mas o cérebro tem dificuldade em agregar e processar todas as informações.
Antes de frequentar a escola, a criança pode não brincar de forma tão habilidosa quanto as demais. Você pode notar que ela perde os detalhes ou não entende como outras crianças fazem. Ela pode não escolher os brinquedos e brincadeiras que são populares entre as outras crianças. Ela pode quebrar as coisas e ter acidentes com maior frequência.
O atraso no desenvolvimento da linguagem é um problema comum e um sinal precoce de que nem tudo está bem no cérebro. Algumas crianças não escutam bem, embora não tenham problemas de audição; é como se as palavras entrassem por suas orelhas mas se perdessem no caminho através do cérebro. Outras crianças sabem o que querem dizer, mas não conseguem fazer as suas bocas dizerem as palavras.
Sem mensagens claras das mãos e olhos, uma criança não consegue colorir dentro das linhas, montar um quebra cabeças, cortar corretamente com tesouras ou colar dois pedaços de papel de forma precisa. Adultos podem pensar que ela simplesmente não se interessa, porém a falta de interesse é porque suas sensações e respostas a elas não lhe fornecem sentido e satisfação.
Algumas crianças não conseguem organizar as sensações da pele. Podem ficar bravas ou ansiosas quando outros a tocam, ou se distanciar. Muita da hiperatividade em crianças hoje se deve a alterações da integração sensorial. Algumas vezes, luzes e barulhos podem irritar e distrair a criança; se você olhar com atenção, poderá notar a irritação em seu rosto.”
Problemas na escola devido a alterações de integração sensorial
“Algumas vezes, a criança se desenvolve normalmente em casa, ou pelo menos bem o suficiente para que nada seja notado, mas apresenta grande dificuldade de aprendizagem na escola. Os educadores frequentemente chamam a leitura, escrita e matemática de “básicas”, embora sejam processos complexos que só se desenvolvem sobre uma forte base de integração sensorial. Um problema de integração sensorial que é “mínimo” na primeira infância, pode se transformar em uma dificuldade importante quando a criança entra na escola.
Há muitas pequenas coisas que uma criança tem que fazer na escola. Sem uma boa integração sensorial, é difícil aprender a amarrar os sapatos, segurar um par de tesouras, não quebrar a ponta do lápis, mudar de uma tarefa para outra, reconhecer placas de “Pare” no caminho até a escola, etc. A criança pode precisar competir em esportes com outras que possuam capacidades sensório-motoras muito melhores. Pode precisar prestar atenção em uma sala cheia de pessoas, enquanto mal consegue fazê-lo quando está sozinho com a professora.
Pode-se esperar que faça as coisas de forma rápida, enquanto só consegue fazer devagar. Pode precisar se lembrar de instruções para fazer duas coisas ao mesmo tempo – como “Guarde seus livros e pegue seu lápis” –, quando é difícil se lembrar mesmo de instruções simples.
Seu cérebro pode ficar superestimulado e responder com muita atividade excessiva. A criança hiperativa “pula por toda a sala”, não por ser o que queira fazer, mas porque seu cérebro está fora de controle. Seu excesso de atividade é uma reação compulsiva às sensações que não consegue “desligar” ou organizar. A confusão em seu cérebro torna impossível focar ou se concentrar, e então não consegue entender o que a professora está tentando ensinar.”
O que fazer?
“Um distúrbio da integração sensorial é um fardo pesado para qualquer pessoa carregar. Lembre-se que cada criança com problemas de integração sensorial apresenta diferentes conjuntos de sintomas. Até crianças com desenvolvimento típico apresentam alguns desses sintomas.
Somente quando uma criança apresenta muitos desses problemas, e eles acontecem na maior parte do tempo, é que os pais devem se preocupar. Se você acredita que seu filho tem problemas de integração sensorial, leve-o a um terapeuta treinado e capacitado em teoria da integração sensorial e intervenção.
Com a ajuda da terapia e pais que compreendem e dão apoio, a criança provavelmente terá sucesso em sua vida, apreciará interações sociais e contribuirá para a sociedade, mesmo que algumas habilidades e funções possam ser sempre desafiadoras.
Se você pensar em todos os adultos que conhece, você perceberá que todos têm alguma dificuldade de aprendizagem e adaptação. A maioria de nós é capaz de viver e conviver sem uma integração sensorial perfeita.”
Trechos extraídos do livro “Sensory Integration and the Child” by A. Jean Ayres, Ph.D. – Revised and updated by Pediatric Therapy Network, 2013 – Copyright ©️2005 by Western Psychological Services. Traduzido por nossa equipe.